quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Leitura é um direito social

No último dia da Feira do Livro de Porto Alegre,  a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL)  à frente do LIVRAÇO, apela ao prefeito José Fortunatti que assine o Plano Municipal de Leitura, que destinaria orçamento específico para criação de bibliotecas comunitárias, entre outras ações. No centro da Praça da Alfândega (com seu novo layout de passeios mais largos deste ano), Fernanda foi enfática ao  anunciar que a Leitura é um direito social e que, portanto, não pode se restrigir ao comércio livreiro e tampouco a iniciativas que contemplem apenas os bairros mais centrais da cidade. A periferia carece de ações  siginficativas de leitura. 
Sabe-se que hoje  Porto Alegre conta com apenas duas bibliotecas públicas comunitárias, sendo uma delas  localizada no Centro Administrativo da Restinga Nova  e possuindo como acervo, o descarte de livros da Biblioteca Josué Guimarães, da qual é um ramal visivelmente empobrecido, não contando, tampouco,  com bibliotecário à disposição para a organização e a coordenação de fluxo do acervo.
Este fato - a praticamente inexistente ações de leitura para as periferias por parte do poder público -  mostra-se ainda mais preocupante quando, as únicas bibliotecas públicas localizadas nos bairros periféricos, as bibliotecas escolares (as bibliotecas das escolas municipais  especialmente, localizadas nas áreas mais pobres da cidade) costumam ter o triste hábito de cobrar taxas de associação para o empréstimo domiciliar, transformando o direito social da leitura em privilégio de poucos que já  a usufrem como valor adquirido na família. As taxas de associação - chamadas eufemisticamente de "contribuição espontânea" são o dízimo pago pelos já suficientemente letrados para serem aceitos  na seleta comunidade que vem, há muito,  construindo eficazes mecanismos de privatização da língua escrita.
Parabéns, vereadora Fernanda, pela luta em favor do direito público à leitura. Esperemos que o prefeito assine já.
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3 comentários:

  1. Boa tarde, queridos amigos da EMEF Anísio Teixeira! Sou leitora assídua do blog! Apenas para complementar os dados apresentados no texto acima, duas informações bem importantes: a Biblioteca Pública Ramal 1 - Restinga, conta com uma bibliotecária trabalhando em sua sede, nossa colega Marta Lemos. E as escolas da Rede Municipal de Ensino estão orientadas para não cobrarem nenhum tipo de taxa de inscrição, pois o acesso à leitura deve ser universal, sem restrições. Parabéns pelo blog! Um abraço! Giane Zacher - Bibliotecária

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  2. Realmente:"A leitura é a porta de entrada para um mundo melhor."
    Quem sabe enquanto as políticas públicas não vem, e os direitos sociais que deveriam ser implementados a a partir do fim do Holocausto e da 2°Guerra, não chegam na periferia. Quem sabe os movimentos sociais, comunitários, sindicais, comecem a implementar soluções para esta demanda tão nobre e poderosa para transformar esta realidade.

    Prof. Marcelo Regius Gomes Bastos.
    EMEF prof. Anísio Teixeira.

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  3. bha esta ficando incrível essas histórias são muito legal eu adorei continua assim " Anísio Teixeira".. Patrick couto de Salles

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